Sistemas Regenerativos de Produção

Para implementar práticas regenerativas em grandes operações, precisamos ir além da substituição dos insumos, é necessário mudar a forma de projetar as operações e toda a dinâmica de funcionamento das fazendas.
Enxergamos a fazenda como um Sistema de Produção.

Agricultura Convencional

vs

Agricultura Regenerativa

Arraste para ver a diferença

A agricultura convencional moderna atingiu altíssimos níveis de produtividade, suprindo a demanda de uma sociedade com mais de 7 bilhões de pessoas utilizando sistemas produtivos baseados em monoculturas e altas doses de fertilizantes.

Essa lógica mineradora de recursos naturais gerou danos ambientais, provocados pelo uso de técnicas inadequadas, impactando o clima do planeta, a produtividade dos solos, a qualidade das águas e a saúde do ser humano.

Produzir de forma sustentável, ou seja, sem causar degradação, já não é suficiente.

É necessário produzir em larga escala, suprindo a demanda mundial, restaurando ciclos ecológicos e as dinâmicas dos ecossistemas, integrando novamente o ser humano aos ciclos da natureza, do qual é parte.

Produz regenerando a saúde do solo e melhorando seu potencial produtivo ao longo do tempo
Não se restringe ao orgânico e baixa escala
Busca o aumento de produtividade pela reconstrução da saúde dos solos, onde produtividade, resistência a pragas e doenças e qualidade final dos produtos andam juntos
Aumento do potencial produtivo e maior resiliência a eventos climáticos extremos
O uso de técnicas inadequadas leva a degradação física e biológica dos solos, reduzindo seu potencial produtivo ao longo dos anos
Foi essencial para garantir o abastecimento da população mundial até os dias atuais
Alcançou o aumento da produtividade por melhoramento genético e pelo uso de novos insumos, como corretivos, fertilizantes e defensivos
Foco no curto prazo, desprezando a perda de produtividade no longo prazo e a vulnerabilidade ao clima

Sistemas Agroflorestais

Felizmente, há diversos exemplos de iniciativas de agricultura regenerativa, dentro e fora do país, que tem conseguido excelentes resultados em curto espaço de tempo. 

É o caso dos Sistemas Agroflorestais, sistemas de produção integrados, onde culturas anuais são produzidas na mesma área em que espécies arbóreas, frutíferas, madeiráveis, ou espécies “de serviço”, destinadas a melhorar as condições do solo. A distribuição dessas espécies no campo exige conhecimento para que o potencial de cada uma delas seja aproveitado ao máximo. 

Entretanto, a maioria dessas iniciativas ocorre em pequena escala, nas terras de pequenos agricultores familiares, que produzem grande diversidade de alimentos muitas vezes de forma orgânica. 

Na média e larga escalas ainda prevalecem os sistemas de produção em monocultura, com solos muitas vezes descobertos, uso intensivo de defensivos e não raro, problemas de compactação, encrostamentos e erosão. 

SAF Jatoba - Projeto Lotus

Saldo Positivo

Para que uma atividade agrícola seja regenerativa, é necessário que o saldo ecológico seja positivo, que as condições ecológicas melhorem ao longo do tempo, garantido também a manutenção da capacidade produtiva.

Para avaliar esse saldo positivo foram selecionados indicadores ecológicos capazes de captar essa evolução ao longo do tempo, eles são divididos entre solo, água e biodiversidade.

Solo

São avaliados os teores de carbono, a atividade biológica e sua estrutura física, os principais fatores para a avalição da saúde do solo

Água

São avaliadas a infiltração da água no solo, as taxas de erosão e a qualidade da água que sai das fazendas.

Biodiversidade

São avaliados, por meio da Bioacústica, a diversidade da fauna nativa dentro dos nossos sistemas produtivos e nas áreas restauradas. A presença de inimigos naturais nas áreas produtivas é outro indicador chave.

Nosso desafio e missão é implantar sistemas de produção regenerativos em larga escala, conciliando Regeneração, Escalabilidade e Lucratividade.

É possível conciliar alta eficiência produtiva e impacto ecológico positivo quando se conhecem e se respeitam os ciclos naturais envolvidos na produção.
A regeneração dos solos e de todo o agroecossistema não se dá em um instante, é um processo contínuo, mas em cerca de 2 a 3 anos já é possível notar mudanças drásticas.
Nesse processo de regeneração, os pastos e lavouras tornam-se cada vez mais férteis, produtivos, resistentes a pragas e às oscilações climáticas e, consequentemente, mais rentáveis.
A melhor parte é que os benefícios dessas melhorias extrapolam os limites das propriedades, gerando serviços ambientais para toda a região, em um ciclo virtuoso onde todos ganham.

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